Ministério da Saúde

A médica Jovita André foi eleita nova Bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, com 327 votos, cujo processo de votação ocorreu, na sexta-feira, 26 de Setembro.

PERFIL NA SAÚDE

Jovita André, Licenciada em Medicina, especialista em Medicina Interna e Reumatologia, com formação complementar em Gestão da Saúde e Docência Universitária. Desempenhou cargos de grande responsabilidade, entre os quais:

- Chefe dos Serviços de Medicina IV do Hospital Militar Principal/Instituto Superior.

- Directora do Gabinete Provincial da Saúde do Huambo;

- Directora Nacional dos Hospitais (MINSA);

- Membro da Equipa Angolana de Cirurgia Robótica;

- Directora Geral do Hospital de Cacuaco "Heróis do Kifangondo".

Ao longo de quase quatro décadas, foi docente, orientadora, médica, líder e gestora pública, deixando marcas profundas em cada função exercida, sempre com ética, competência, patriotismo e sensibilidade humana.

Luanda, 29 de Setembro de 2025.

O Hospital Pedalé disponibiliza desde sábado, 27 de Setembro, serviços especializados em Transplante com procedimentos em Imunologia e Histocompatibilidade, fundamentais para avaliar e garantir a compatibilidade entre o doador e o receptor. Esse processo tem como objectivo principal minimizar o risco de rejeição do órgão transplantado, por meio da análise do Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC), conhecido no ser humano como Antígeno Leucocitário Humano (HLA).

Através da identificação e análise desses antígenos, é possível determinar se o sistema imunitário do receptor reconhecerá o órgão como um corpo estranho, o que pode levar à sua rejeição. Essa avaliação é crucial para o sucesso do transplante, pois aumenta as chances de aceitação do órgão e reduz significativamente as complicações médicas posteriores.

Com a implementação destes serviços, o Ministério da Saúde, pretende salvar mais vidas, oferecendo uma nova oportunidade a pessoas com doenças em estado terminal e melhorar consideravelmente a sua qualidade de vida. A compatibilidade entre doador e receptor é um passo essencial para o êxito do procedimento e para a redução de riscos no pós-transplante.

O Hospitalar Pedalé garante, assim, um tratamento diferenciado à população, destacando-se como uma unidade de referência nacional e regional, com múltiplas valências para atender, num só espaço, as diversas necessidades das famílias. Este serviço contribui diretamente para o fortalecimento da assistência médica e medicamentosa no país.

Fonte: GTICI/MINSA

O Hospital Pedalé, anunciou, neste sábado, a entrada em funcionamento do novo equipamento de Ressonância Magnética (RM) 3TESLA, um marco tecnológico sem precedentes no Sistema de Saúde em Angola.

A cerimónia de inauguração decorreu neste sábado, 27 de Setembro, presidida por Sua Excelência, Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, que testemunhou este importante avanço para o Sector da Saúde.

O equipamento de Ressonância Magnética 3 TESLA representa uma evolução significativa na área de diagnóstico por imagem, permitindo a obtenção de imagens tridimensionais (3D) com altíssima resolução, maior precisão e rapidez. A potência do campo magnético, duas vezes superior aos aparelhos convencionais (1.5 Tesla), permite diagnósticos mais eficazes em neurologia, sistema cardiovascular, oncologia, bem como na avaliação de lesões músculo-esqueléticas e outras patologias complexas.

Além da qualidade técnica, a nova unidade oferece mais conforto aos pacientes, com design que reduz a sensação de confinamento, sendo especialmente benéfico para pessoas com claustrofobia.

Importa realçar que, é a primeira vez que uma unidade sanitária em Angola disponibiliza tecnologia de RM 3 TESLA, o que permitirá não apenas diagnósticos mais precisos, mas também a realização de exames como angiografias neurológicas e cardiovasculares de intervenção, elevando o padrão da medicina diagnóstica no país.

Com este investimento, o Hospital-de-Exército Pedro Maria Tonha "Pedalé" reforça o seu papel como unidade de referência nacional, alinhado com os objetivos estratégicos do Executivo para a modernização e humanização dos serviços de saúde em Angola.

Fonte; GCI-MINSA

Foi oficialmente inaugurado, a 27 de Setembro, pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, na capital do país, o Hospital Pedalé, um dos mais modernos complexos hospitalares de África. Esta unidade de saúde representa uma viragem histórica no acesso a cuidados médicos de alta complexidade em Angola.
No seu primeiro dia de funcionamento, o hospital recebeu casos graves e doentes críticos, necessitando de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de intervenções com tecnologia de ponta. Este acolhimento imediato simboliza o cumprimento do seu papel social: garantir atendimento de excelência a quem mais precisa, com serviços anteriormente disponíveis apenas no estrangeiro.

À margem da inauguração, a Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, manteve uma conversa com pacientes em tratamento de hemodiálise, destacando-se a presença de utentes residentes nas imediações do hospital. Estes manifestaram grande satisfação por já não precisarem de se deslocar longas distâncias para aceder a cuidados vitais.
Dona Cecília, uma paciente residente nas proximidades, partilhou emocionada:
“Vivo aqui mesmo ao lado. Antes, tinha de apanhar táxi para fazer o tratamento longe de casa. Agora, estou muito feliz. Agradeço ao Executivo por esta facilidade que muda a nossa vida.”

Segundo o Executivo angolano, o Hospital Pedalé é uma resposta estratégica aos desafios estruturais da saúde pública, resultado de um investimento visionário que promove:
* A soberania sanitária;
* A formação de quadros nacionais;
* A independência clínica de Angola.
“A saúde continua a ser prioridade do Governo”, reafirmou o Presidente João Lourenço.

O Hospital Pedalé é, assim, a concretização desse compromisso com a vida e o bem-estar dos angolanos.

Com 145 camas, incluindo:
* 33 cadeiras de hemodiálise;
* 8 cadeiras para quimioterapia;
* 5 blocos operatórios (um deles exclusivo para cirurgia robótica),
o Hospital Pedalé posiciona-se como o maior e mais avançado centro hospitalar de Angola.

O Hospital Pedalé introduz tecnologias ainda raras no continente africano, nomeadamente:
* Ressonância magnética de 3 Tesla;
* Serviços de medicina nuclear.
Estas inovações permitirão diagnósticos mais rápidos e precisos, essenciais no tratamento de doenças como o AVC e o cancro.

A unidade está preparada para actuar como centro de excelência no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte em Angola. Com equipas altamente capacitadas em neurologia e cuidados intensivos, o hospital oferece:
* Tratamento imediato por trombólise medicamentosa;
* Cateterismo cerebral;
Estas técnicas reduzem as sequelas e salvam vidas.
Na área da oncologia, a integração com a medicina nuclear permite:
* Diagnóstico precoce;
* Braquiterapia;
* Radioterapia de precisão.
Assim, Angola passa a posicionar-se entre os centros de oncologia de 3.º nível a nível internacional.

O Hospital Pedalé conta ainda com um centro de formação médica e cirúrgica, com foco em:
* Cirurgia robótica;
* Técnicas minimamente invasivas.
Este esforço visa capacitar profissionais nacionais com as práticas mais avançadas da medicina mundial, reduzindo a necessidade de evacuações médicas e contribuindo para a retenção de talento em Angola.

Fonte: MINSA
Luanda, 28 de Setembro de 2025

O Ministério da Saúde realizou nesta sexta-feira a X Jornada Científica sobre Saúde Mental, sob o lema: Inovações Práticas e Humanização no Cuidado Psiquiátrico”. A iniciativa teve como objetivo promover a reflexão, partilha e debate de conhecimentos com abordagem científica e prática sobre inovações terapêuticas, reforçando os princípios de humanização no cuidado à saúde mental.

A jornada reuniu profissionais da saúde, pesquisadores e gestores da área, num esforço conjunto para aprimorar as práticas assistenciais no contexto psiquiátrico nacional.

Durante a abertura do evento, o Secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, destacou que a saúde mental não se limita apenas ao que sentimos individualmente, mas é resultado de um conjunto de factores inter-relacionados que influenciam o bem-estar geral do indivíduo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem-estar no qual o indivíduo reconhece suas habilidades, enfrenta os desafios da vida, trabalha de forma produtiva e contribui para a sua comunidade.

De acordo com dados assistenciais mais recentes do Hospital Psiquiátrico de Luanda, no primeiro semestre de 2025 foram registados 28.921 atendimentos a pacientes com transtornos mentais. Entre as principais patologias identificadas estão, a Psicose assintomática aguda com 1.956 casos, os Transtornos comportamentais relacionados ao uso de álcool com 1.535 casos e a Epilepsia com 1.339 casos.

O número de tentativas de suicídio também apresentou um crescimento significativo. Foram 511 casos registrados entre janeiro e junho de 2025, um aumento de 175 casos em comparação com o mesmo período de 2024, que contabilizou 336 ocorrências. Além disso, 1.992 pacientes foram identificados com sintomas de depressão, uma das condições mais associadas à baixa qualidade de vida e ao risco de suicídio.

O Hospital Psiquiátrico de Luanda também se juntou à campanha mundial “Setembro Amarelo”, voltada à prevenção do suicídio. A iniciativa visa promover o diálogo sobre saúde mental e sensibilizar a sociedade para a importância de acolher, ouvir e cuidar do outro com empatia.

A campanha reforça ainda que o tratamento em saúde mental deve ser acessível, contínuo e baseado em princípios de humanização. Para os organizadores da jornada, aliar ciência e cuidado humanizado é essencial para valorizar a vida, reduzir os factores de risco e construir uma cultura de apoio e bem-estar coletivo.